Às portas das eleições presidenciáveis deste ano, estamos vendo grandes reviravoltas no que diz respeito a assuntos, digamos, polêmicos. Os exemplos desses assuntos levantados são: a questão da descriminalização do aborto e a união civil entre gays.
Na última semana, o vice do candidato à presidência José Serra, Índio da Costa, disso ao “Informe do Dia” que o presidenciável é contra o Projeto de Lei 122, que transforma em crime a discriminação de gays no país. O candidato quer evitar mais uma polêmica às vésperas das eleições do 2º turno no dia 31 de outubro. Serra ainda afirmou que a questão sobre casamento gay é um assunto que cabe às igrejas, por se tratar de um tema religioso.
Como temos visto nas últimas semanas, a candidata do PT, Dilma Rousseff, encontrou-se numa saia justa ao afirmar que é contra a descriminalização do aborto, sendo que em 2007, em sabatina promovida pelo jornal Folha de São Paulo, ela se colocou em posição favorável à descriminalização.
Hoje, a candidata divulgou uma carta na qual se compromete a não mexer na legislação atual referente ao aborto, caso eleita. Ainda em entrevista no Palácio do Trabalhador, em São Paulo, afirmou: "A carta só serve para uma coisa muito elementar: para que a verdade triunfe. Não se pode instigar o ódio religioso para se ganhar eleição. Isso é algo medieval", criticou ela, referindo-se a Mônica Serra, mulher do candidato da oposição José Serra (PSDB), de que Dilma é a favor da "morte de criancinhas".
Se isso tudo é jogada eleitoreira ou não, cabe a nós, eleitores, analisar o que cada candidato tem para apresentar em suas propostas de governo e se irão colocá-las em prática ou se só vão ficar no papel para ganhar votos.